O estado de São Paulo contará com mais uma obra para mitigar os efeitos da crise hídrica agravada no estado em 2014. Nesta quinta-feira (25), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) assinaram contrato de financiamento no valor de R$ 830,5 milhões, sendo R$ 747,45 milhões do banco de fomento e R$ 83,05 milhões a contrapartida da Sabesp.
A obra, que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), vai interligar as represas Jaguari (Bacia do Paraíba do Sul) e Atibainha (Bacia do Sistema Cantareira) e com isso aumentar a oferta de água no Sistema Cantareira, abastecendo a região metropolitana de São Paulo.
A cerimônia de assinatura, realizada no Palácio do Planalto, contou com a presença da presidenta Dilma Rousseff, do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e dos ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e das Cidades, Gilberto Kassab, além do presidente do BNDES, Luciano Coutinho.
A parceria entre o governo federal e de São Paulo é fundamental para o enfrentamento de uma das maiores crises hídricas do estado, segundo a presidenta. “Desde o início da crise hídrica tomamos a atitude de procurar o governador para fazermos parceria buscando uma solução”, ressaltou Dilma Rousseff.
A interligação das represas de Jaguari e Atibainha possibilitará a transposição de vazão média de 5,1 m³/s e máxima de 8,5 m³/s no sentido Jaguari-Atibainha, agrupando a bacia do Rio Paraíba do Sul às bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí , assim como a transferência inversa no sentido Atibainha-Jaguari, com vazão máxima de 12,2 m³/s.
O governador Geraldo Alckmin explicou que com as obras “a capacidade de reservas das duas represas dobrará, passando de 1 bilhão de metros cúbicos por segundo para 2,1 bilhões”. As obras beneficiarão 39 municípios da região metropolitana de São Paulo e tem 20 quilômetros de extensão.
Outras obras para a segurança hídrica do estado estão no PAC, como a do sistema produtor de São Lourenço, que beneficia 1,5 milhão de moradores de sete municípios do oeste da região metropolitana paulista e a do Sistema Produtor Alto Tietê, que ampliou em 50% a capacidade da estação de tratamento de água Taiaçupeba.